ATA DA NONAGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 08-10-2009.

 


Aos oito dias do mês de outubro do ano de dois mil e nove, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, DJ Cassiá, Dr. Raul, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Toni Proença e Valter Nagelstein. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Delegado Fernando, Dr. Thiago Duarte, Ervino Besson, Fernanda Melchionna, Juliana Brizola, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Pedro Ruas, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Na oportunidade, foram apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pelo Senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo: nº 032/09, de autoria do Vereador Aldacir José Oliboni, no dia de amanhã, no Seminário Mulher e Ação, às nove horas, em Porto Alegre; nº 108/09, de autoria do Vereador Beto Moesch, no dia de hoje, na palestra Sustentabilidade em Construção, da XVI Semana Interamericana da Água e IX Semana Estadual da Água, às dezenove horas, na sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil – Departamento do Rio Grande do Sul – IAB-RS –, em Porto Alegre; e nº 097/09, do Vereador Engenheiro Comassetto, no dia de hoje, na solenidade de lançamento da 3ª Marcha Estadual Zumbi dos Palmares, às quatorze horas, no Palácio Farroupilha, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Também, foi apregoado Requerimento (Processo nº 4276/09), de autoria do Vereador Carlos Todeschini, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, do dia vinte ao dia vinte e três de outubro do corrente, no XXVI Congresso Brasileiro de Agronomia, no Município de Gramado – RS. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 1692/09, do Senhor Gustavo Meinhardt Neto, Supervisor Operacional de Programas Especiais e Parcerias da Caixa Econômica Federal – CEF –; 1743/09, do Senhor Roberto Maciel Zeni, Gerente de Desenvolvimento Urbano da CEF; Ofícios s/nº e s/nº, da Câmara dos Deputados. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Septuagésima Sexta, Septuagésima Oitava e Septuagésima Nona Sessões Ordinárias, da Décima Sessão Extraordinária e da Décima Primeira, Décima Segunda, Décima Terceira, Décima Quarta e Décima Quinta Sessões Solenes e a Ata Declaratória da Septuagésima Sétima Sessão Ordinária. A seguir, o Senhor Presidente informou a Representação Externa do Vereador Tarciso Flecha Negra, no dia de hoje, na solenidade de lançamento da 3ª Marcha Estadual Zumbi dos Palmares, no Palácio Farroupilha, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Cleon Fonseca, da Sociedade Beneficente Sete Flexas e Oxalá, que se pronunciou acerca do trabalho filantrópico prestado à comunidade por essa entidade. Após, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Pedro Ruas, Dr. Thiago Duarte, Marcello Chiodo, João Antonio Dib, Airto Ferronato, Dr. Raul, Valter Nagelstein, Toni Proença, Fernanda Melchionna e Adeli Sell pronunciaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou as presenças, neste Plenário, dos Senhores Alexandre Oliveira Soares da Silva, Presidente da Sociedade Beneficente Sete Flexas e Oxalá, e Márcio Bins Ely, Secretário do Planejamento Municipal, convidando-os a integrarem a Mesa dos trabalhos. Às quatorze horas e vinte e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e trinta minutos, constatada a existência de quórum. Após, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o quadragésimo aniversário da regulamentação das profissões de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, nos termos do Requerimento nº 117/09 (Processo nº 3770/09), de autoria da Mesa Diretora. Compuseram a Mesa o Vereador Adeli Sell, 1º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, e o Senhor Jadir Camargo Lemos, Vice-Presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5ª Região – CREFITO5/RS. Em COMUNICAÇÕES, pronunciou-se o Vereador Dr. Thiago Duarte. Em prosseguimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Jadir Camargo Lemos, que destacou a importância do registro efetuado pela Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e cinquenta e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e cinquenta e sete minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca dos trabalhos deste Legislativo no dia de hoje. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o Vereador João Antonio Dib. Em continuidade, em face de Questões de Ordem e manifestações da Vereadora Maria Celeste e dos Vereadores João Antonio Dib e Airto Ferronato, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do prazo para a votação do Projeto de Lei do Executivo nº 024/09, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para o ano de dois mil e dez. Às quinze horas e dezessete minutos, constatada a inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Sebastião Melo, Adeli Sell e Toni Proença e secretariados pelo Vereador Nelcir Tessaro. Do que eu, Nelcir Tessaro, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Comunico que o Ver. Tarciso Flecha Negra representará esta Câmara na 3ª Marcha Estadual Zumbi dos Palmares.

Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico: Atas das 76ª Sessão Ordinária, 77ª Sessão Declaratória Ordinária, 78ª e 79ª Sessões Ordinárias, 10ª Sessão Extraordinária, 11ª, 12ª, 13ª, 14ª e 15ª Sessões Solenes. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O Pai Cleon Fonseca, representando a Sociedade Beneficente Sete Flexas e Oxalá, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para tratar de assunto relativo ao trabalho filantrópico prestado à comunidade.

Também participa deste evento, e peço que tome assento à Mesa, o Sr. Alexandre Oliveira Soares da Silva, presidente dessa Sociedade.

 

O SR. CLEON FONSECA: Em primeiro lugar, eu quero pedir a bênção aos meus superiores, Xangô de Babalofila, Oxum Panda Olobomi e Oxalá.

Pela terceira vez, eu venho a esta Casa para ser homenageado. Há muito tempo, fui homenageado pelo então Presidente desta Casa, Cleom Guatimozim. Faz muito tempo, foi lá no prédio da Rua Siqueira Campos. Depois, fui homenageado pelo Ver. Nereu D’Avila, com o Honra ao Mérito. E hoje eu venho representando o Reino de Oxalá, Sociedade Beneficente Reino de Oxalá, que eu dirijo há 50 anos. Dia 6 de setembro, tivemos a oportunidade de ver como a nossa casa é querida, como nós somos bem-aceitos pela nossa sociedade. Mais de mil pessoas passaram pelo Reino de Oxalá no dia 6 de setembro, quando comemoramos 50 anos de fundação.

Eu quero agradecer ao Ver. Oliboni, proponente desta homenagem; ao Presidente desta Casa e aos senhores Vereadores, a maioria me conhece, a maioria são meus amigos. Eu quero deixar um abraço especial ao Ver. João Dib, pois, durante todo o tempo em que ele foi Prefeito de nossa Cidade ele sempre esteve no Reino de Oxalá para me dar um abraço; agradeço muito, e sempre digo que o único Prefeito da Capital que ia nos dar um abraço no dia 6 de setembro, é uma pessoa que está dentro do nosso coração, e o Reino de Oxalá o quer muito bem.

Agradeço aos meus filhos de religião, meus seguidores, ao meu Presidente Alexandre, pois ninguém faz nada sozinho, e eu tenho uma diretoria incansável que trabalha comigo, meus filhos que me acompanham, aqueles que são preparados por mim há mais de 40 anos, tenho um de 30 e de um 20 que têm suas casas, são ramificações do Reino de Oxalá espalhadas por este mundo afora, levando a sabedoria e o fundamento da religião afro-brasileira. Aqui no Estado, estamos em diversas Cidades, e de Santa Catarina até o Maranhão temos filhos com casas; no Prata - Argentina, Uruguai e Chile -, nos Estados Unidos, onde temos três filhos que têm casas em Nova York, Miami e no Texas, que é o lugar mais difícil para se trabalhar; temos no México, Canadá, Espanha e até no Japão. Quem foi lá em casa no dia 6 de setembro viu os filhos de santo do Japão. Temos seguidores em toda parte do mundo, levando o axé de Oxalá, aquilo que minha mãe de santo me deu há 57 anos, pois me preparei em 1952, e em 1959 abri minha casa, sendo já um dirigente religioso. Tenho muita alegria e sempre digo: eu cheguei onde queria, agora é esperar pelo Pai Oxalá, por aquilo que me der e por tudo o que me deu até o dia de hoje.

Aos senhores, peço: temos uma área no nosso templo religioso onde vai passar uma rua, e isso está nos preocupando muito, a Gastão Mazeron, cuja última casa é a nossa - não é área verde, é própria do Reino de Oxalá, e ali vai ser cortado um pedaço. Peço, encarecidamente, estamos encaminhando um ofício para esta Câmara, pois esses dez metros que querem nos tirar vão demolir nosso trabalho de 50 anos. Eu digo todos os dias: prefiro morrer a ver o Reino de Oxalá ser tombado. Então peço aos senhores, apelo à sua generosidade, pois os senhores sabem o trabalho que faço nesta sociedade. Quando chegar aqui o ofício, nos deem apoio, nos auxiliem e lembrem-se: é o Reino de Oxalá onde o Pai Cleon está, onde o Pai Cleon trata. Lá nós temos um trabalho de comunidade filantrópica para as crianças carentes; para o carente visual; o Natal da Criança Pobre; a Páscoa; o Dia da criança. Ajudamos as pessoas que necessitam de alimento; ajudamos as pessoas que não têm, quando batem na nossa casa, ajudamos essas pessoas, dando apoio a eles.

Todos os políticos desta Cidade sabem que existe o Reino de Oxalá em Porto Alegre. Meu muito obrigado, meu muito obrigado ao Ver. Oliboni; meu muito obrigado aos senhores todos, um abraço e um axé muito forte do Pai Oxalá dos Orixás. Axé é força! Que os senhores tenham força para decidir e para aprovar todas as coisas que vierem em prol da nossa Cidade, da nossa querida Porto Alegre!

Que o Pai Oxalá abençoe a todos, ele é o nosso rei, que nos rege na face da terra e que o raio da vossa Divina luz esteja nos caminhos de todos, abençoando, protegendo e amparando a todos. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Convidamos o Pai Cleon Fonseca a fazer parte da Mesa dos trabalhos.

 O Ver. Pedro Ruas está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. PEDRO RUAS: Obrigado, Ver. Adeli Sell, na presidência dos trabalhos; Dr. Alexandre e meu querido Pai Cleon. Nós somos amigos há tantos anos e já trabalhamos juntos na periferia desta Cidade, atendendo as pessoas carentes tantas vezes, Pai Cleon, que eu fico com muito orgulho de ver aqui a sua presença, tão reconhecida por todos nesta Cidade, neste Estado, neste País e no mundo. O trabalho que o senhor faz, e que eu presenciei muitas vezes, de atendimento a comunidades carentes, é um motivo de orgulho para cada representante desta Cidade. Eu falo, neste momento, em nome do meu Partido, o PSOL, em meu nome pessoal também e em nome da Verª Fernanda Melchionna, minha companheira de Bancada. Com muita alegria, saúdo a sua presença e registro a importância destes 50 anos do Reino de Oxalá. No dia 6 de setembro, o senhor sabe, eu não pude estar lá para lhe dar o abraço. Prefiro lhe dar o abraço agora, que tenho condições, para também demonstrar que nós reconhecemos todos esses anos em benefício da comunidade, a sua coerência na sua trajetória, os benefícios que o senhor trouxe e os seus filhos religiosos, para todo um povo carente, necessitado, que sempre viu no senhor uma voz de esperança, uma caminho a seguir, uma mão amiga onde se abraçar. Por isso, Pai Cleon, receba de todos nós este abraço, este reconhecimento, esta homenagem que a Câmara faz por meio da petição do Oliboni, mas que todos nós reconhecemos como justa, aprovamos e lhe agradecemos pelo seu trabalho e pela sua trajetória. Felicidades! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Pai Cleon, o nosso abraço, de toda a Bancada do PDT, dos Vereadores Mauro Zacher, Ervino Besson, Juliana Brizola, Tarciso e meu - o nosso profundo reconhecimento às ações desempenhadas pelas Igrejas - e falo Igreja num termo genérico -, principalmente pela sua descendência da religião de umbanda e candomblé. No nosso gabinete, temos uma pessoa profundamente adepta da religião afro, e ela também desempenha na sua comunidade, lá na Restinga, um profundo trabalho social nesse sentido.

A gente observa, lá na capilaridade, como médico, que, infelizmente ou felizmente, a única saída para essas populações, para essas comunidades, muitas vezes, é a presença do médico ou a presença do líder religioso. Então, o nosso profundo carinho, o nosso profundo abraço e, principalmente, o nosso reconhecimento ao trabalho que o senhor vem prestando e a todas as pessoas que desempenham esse trabalho nas comunidades mais carentes da Cidade. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Marcello Chiodo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. MARCELLO CHIODO: Tudo bom? É um prazer vê-lo, Pai Cleon. Eu estive presente nos 50 anos da tua casa, eu fiquei muito feliz pelo convite. Em nome da Bancada do PTB, eu também quero dar o apoio ao esforço para manter a casa e não ver destruída aquela parte de dez metros, pois sei da luta que tens na comunidade. A gente é parceiro, tu me viste crescer ali na Av. Borges de Medeiros, com meu pai. Então, a gente é parceiro, sei da tua importância na comunidade. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Meu caro Ver. Adeli Sell, meu caro Pai Cleon; eu quero cumprimentá-lo pelo trabalho que tem feito, e eu sou testemunha disso. Realmente, nos dias 6 de setembro eu ia na sua casa. A última vez, eu fui com o Deputado Mendes Ribeiro Filho, depois não fui mais por razões até de dificuldade de locomoção, mas, de qualquer forma, tenho que ser testemunha do trabalho que o senhor faz em benefício da coletividade, e quero que continue assim por muito tempo. Saúde e PAZ! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Saúde e paz, Ver. João Dib.

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Senhoras e senhores, também quero registrar, nesta tarde, a importância da presença dos senhores aqui no nosso Plenário da Câmara, e, em nome do meu Partido, o PSB, e em meu nome, também quero dizer, reconhecer e valorizar aquelas pessoas que, de uma forma ou de outra, têm tratado de assuntos filantrópicos na nossa Cidade. Eu sei do trabalho que o senhor tem feito - fez, faz e ainda vai fazer por muito tempo -, e estou trazendo aqui o nosso abraço. Quero dizer que estamos unidos e reunidos nessa luta que é de todos nós.

A Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre precisa reconhecer - e reconhece - as pessoas que, como o senhor, trabalham para esta Cidade, pelas pessoas mais carentes do Município.

Parabéns, estamos juntos nisso. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Dr. Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. DR. RAUL: Presidente Adeli, gostaria, em nome da nossa Bancada - Ver. Valter, Ver. Melo, Ver. Bernardino, Ver. Haroldo, Ver. João Pancinha -, desejar muita saúde, muita paz e trazer o nosso apoio, especialmente ao Pai Cleon, a todos do Reino de Oxalá e ao seu trabalho, que não é local, como foi citado aqui. Na realidade, esse é um trabalho que se espalhou e ganhou o mundo, levando a cultura afro a outros continentes. Enfim, é importante que esta Casa lhe dê o suporte e o apoio para que possamos construir, inclusive em função da demanda aqui trazida, que eu sei que é importante para o senhor e toda a comunidade. Quero dizer que estamos aqui dando o nosso apoio e procurando participar.

Porto Alegre é agradecida ao seu trabalho, com certeza, tanto comunitário como religioso.

Um abraço ao senhor e a toda comunidade. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Meu querido Pai Cleon, assim como disse o Ver. João Dib, eu também cheguei lá na sua casa pelas mãos do nosso amigo Deputado Mendes Ribeiro, e tive a felicidade de poder conhecê-lo. Sei do seu trabalho, penitencio-me da mesma forma que o Ver. Pedro Ruas, porque não pude estar na justíssima festa que foi feita no dia 6, mas quero transmitir-lhe o meu abraço, o nosso reconhecimento. Eu digo aos seus filhos que estão aqui e a todas as pessoas que nos ouvem e nos acompanham pela TVCâmara que não é de graça que V. Sª tem filhos espalhados pelos quatro cantos do mundo, isso é fruto da sua luz, do seu trabalho, do trabalho do bem que o senhor faz, levando conforto, levando força espiritual àquelas pessoas que tanto precisam, que tanto estão necessitadas. Conheço tanto a sua casa como a sua casa especializada em flora, na Av. Borges de Medeiros, e quero lhe trazer um abraço do Prefeito José Fogaça, pois tenho a honra de ser o Líder do Governo aqui na Câmara. O Ver. Dr. Raul já falou pelo nosso Partido, o PMDB, mas tenho certeza de que estamos falando aqui por todos os Partidos que dão sustentação ao nosso Governo, dizendo que tenho a convicção de que nós poderemos encontrar a melhor forma e a melhor saída para que haja, sim, a necessária duplicação da avenida, sem que, todavia, nós tenhamos que colocar em risco esse trabalho tão bonito que é feito lá pela sua casa. Então, eu quero me colocar à sua disposição para essa luta, assim como todos os Vereadores da nossa base, desejar êxito continuado e, como diz o senhor, que Oxalá continue nos abençoando a todos! Muito obrigado e parabéns. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Anuncio a presença aqui na Mesa dos trabalhos do nosso colega licenciado, Secretário Municipal do Planejamento, Márcio Bins Ely. Obrigado pela sua presença, meu caro Secretário.

O Ver. Toni Proença está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, querido Pai Cleon, é com satisfação que, em nome da Bancada do PPS, do Ver. Elias Vidal, Ver. Paulinho Ruben Berta e em meu nome, eu saúdo os 50 anos da Casa Reino de Oxalá. Quero cumprimentar V. Sª e dizer do reconhecimento da Bancada do PPS ao seu trabalho espiritual, religioso e comunitário, principalmente o trabalho que é feito com as crianças. Esse trabalho, como disseram os que me antecederam, espalha-se pelo mundo inteiro, leva a sua luz e a sua espiritualidade aos quatro cantos do mundo. E Porto Alegre tem, nas casas de religião e nas casas como a que V. Sª dirige, um grande suporte nas atividades comunitárias e nas atividades assistenciais, que suprem falhas onde o Estado não pode chegar. Parabéns pelo seu trabalho, e conte conosco, principalmente para achar uma solução que não inviabilize a duplicação da Av. Cel. Gastão Haslocher Mazeron, e tampouco mutile esse espaço religioso e cultural, que já é um patrimônio da Cidade. Conte conosco, e conte com a Bancada do PPS. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell, eu queria registrar a nossa imensa satisfação, Pai Cleon, em recebê-lo hoje aqui na nossa Casa, e de tê-lo conhecido pessoalmente, porque o Ver. Pedro Ruas já tinha me falado do seu excelente trabalho como líder religioso, espiritual, como membro dessas sociedades que se preocupam e atuam na comunidade em defesa das crianças desamparadas, em defesa das comunidades mais carentes. Eu queria registrar essa satisfação de tê-lo conhecido pessoalmente, apesar de já conhecer o seu trabalho aqui em Porto Alegre, no Estado, nacionalmente e internacionalmente, como o senhor falou na tribuna, e também registrar o nosso apoio, do PSOL e da oposição, para que a casa de vocês, o Reino de Oxalá, seja mantida na íntegra, como patrimônio espiritual, cultural, histórico que é, da cidade de Porto Alegre, e para que não haja o perigo no sentido de que se tire um pedaço que é integrante fundamental para que o Reino de Oxalá continue atuando, que siga mais 50 anos de história profícua e registrada na memória, no espírito, na espiritualidade do nosso povo porto-alegrense e gaúcho. Então, conte conosco quando vier o projeto, quando vier essa luta para cá, porque, certamente, nós acreditamos que o senhor vai ter o apoio da Casa inteira, assim esperamos, na defesa da Casa do Reino de Oxalá. Parabéns pela luta de vocês, podem contar conosco. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Peço que o Ver. Toni Proença assuma a presidência dos trabalhos para que eu possa falar em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores. O Ver. Aldacir José Oliboni pediu desculpas a V. Sª, porque teve um problema de agenda, mas ele gostaria de estar aqui para cumprimentá-lo em nosso nome. Solicito ao Ver. Toni Proença que assuma a presidência dos trabalhos, para que eu possa ocupar a tribuna.

 

(O Ver. Toni Proença assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Ver. Toni Proença, eu queria, em nome da minha Bancada, o Partido dos Trabalhadores, especialmente do Ver. Aldacir José Oliboni, cumprimentar o Alexandre, que dirige a Sociedade Beneficente Sete Flexas e Oxalá, e o Pai Cleon Fonseca, que fazem esse trabalho importante não só naquela região da Cidade, mas em toda a Cidade, todo o Estado, e, como foi colocado na tribuna, pelo mundo afora.

Para nós é um orgulho poder ter este contato mais direto. E, a partir da preocupação que V. Sª nos trouxe sobre a ampliação da Av. Cel. Gastão Hasslocher Mazeron, eu já levantei este problema quando discutimos o Projeto do Grêmio e do Internacional, porque haverá a necessidade de fazer uma abertura.

No entanto nós achamos, aqui há pessoas que são da Comissão de Transporte e Urbanismo, o Ver. Waldir Canal não está no momento, mas pode ser acionado - e acho que podemos fazer isso de comum acordo - para que, assim que alguma iniciativa dessa fosse tomada no próximo período, bem como a ampliação da Av. Moab Caldas, que vai haver também, pudéssemos de comum acordo achar uma solução que beneficiasse a sua instituição. Na verdade trata-se de um patrimônio da Cidade, e nós temos que encontrar uma solução. Nós temos aqui o Secretário do Planejamento, Márcio Bins Ely, e acredito que chegaremos a bom termo.

Espero também ter falado um pouco, em certo sentido, pelo espírito dos colegas Vereadores. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Não havendo mais inscrições, agradecemos muito a presença do Pai Cleon e do Alexandre, presidente da entidade, bem como dos filhos e filhas do Pai Cleon, que representam tão bem a Casa Reino de Oxalá e que nos saudaram com a sua presença hoje, para que pudéssemos comemorar os 50 anos daquela instituição.

Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h29min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell – às 14h30min): Estão reabertos os trabalhos.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje, este período é destinado a assinalar o transcurso do 40º aniversário de regulamentação das profissões de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, nos termos do Requerimento nº 117/09, de autoria da Mesa Diretora, Processo nº 3.770/09.

Convidamos para compor a Mesa: o Sr. Jadir Camargo Lemos, Vice-Presidente do CREFITO5/RS - Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Região 5, e os nossos profissionais da Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra em Comunicações, e falará em nome da Mesa Diretora, proponente da homenagem, e do conjunto dos Vereadores.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Desde as civilizações clássicas nós observamos o uso das atividades como meio de tratamento do corpo e da mente.

Em 1791, o Dr. Phillippe Pinel, então diretor do Asilo Bicêtre na França, instituiu a terapia através da ocupação, iniciando, naquele momento, a Reforma Psiquiátrica que seria exemplo para a Europa e para toda a América. Tem-se conhecimento de oficinas terapêuticas para pacientes, no Hospital Pedro II, no Rio de Janeiro, desde 1894.

Em 1915, em Chicago, nos Estados Unidos, William Rusch publicou o livro Occupational Therapy, o Manual das Enfermeiras, nascendo, então, naquele momento, a Terapia Ocupacional e a primeira escola de formação na profissão.

Em 13 de outubro de 1969, através do Decreto-Lei nº 938, foram definidas as atribuições do Terapeuta Ocupacional e a formação de Nível Superior, que até hoje é reconhecida, ficando o Ministério da Saúde, naquele momento, incumbido da fiscalização do exercício profissional. Mas só em 1987, com a Resolução do CREFITO, foram definidos exatamente a competência e o uso da expressão “terapia ocupacional”: tratamento através de atividades, que podem ser diretas ou indiretas, que podem ser físicas ou mentais, que podem ser ativas ou passivas, que podem ser preventivas, corretivas ou adaptativas, principalmente respeitando as necessidades terapêuticas, as necessidades pessoais, as necessidades sociais e, principalmente, as necessidades culturais dos pacientes, refletindo os fatores ambientais que acabam influenciando na vida dos indivíduos.

Os Terapeutas Ocupacionais trabalham com diversas situações: déficit físico, déficit mental - seja ele psíquico ou cognitivo, sejam eles doenças mentais, sejam déficit de aprendizagem -, e sociais - tudo o que dificulte ou ameace o funcionar bem do ser humano - criança, adulto, idoso, mulher, homem -, para que o indivíduo não seja excluído da sociedade.

A Terapia Ocupacional, Sr. Vice-Presidente, é, antes de tudo, inclusão social, tratamento das condições físicas, mentais e sociais, buscando, aí sim, ajudar os indivíduos a alcançarem o máximo da sua funcionalidade e independência. Por isso que é importante a presença do terapeuta ocupacional em creches, escolas, hospitais, sejam eles psiquiátricos ou não, locais onde se atendem os dependentes químicos, centros de recuperação, centros de reabilitação, albergues, consultórios, enfim, nos locais que atendem à saúde. Por isso, defendemos, no nosso mandato, a atuação de equipes multidisciplinares, principalmente nas equipes de Saúde da Família, para uma construção conjunta de uma saúde melhor para todos, incentivando o protagonismo dos pacientes, construindo as suas histórias. Isso é importante não só no tratamento das doenças psíquicas, mas na reabilitação e ressocialização dos pacientes, principalmente dos usuários das drogas - e por isso é importante a questão da Frente Parlamentar Antidrogas.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Dr. Thiago, curiosamente, há 40 anos, tomei contato com a Fisioterapia pela primeira vez. Durante três anos, praticamente, fiz fisioterapia todos os dias; e também há 40 anos, mas na Inglaterra, tomei conhecimento da Terapia Ocupacional, a qual não havíamos ainda desenvolvido aqui no País.

Quero cumprimentar os Fisioterapeutas do nosso Rio Grande e da nossa Porto Alegre, em especial, porque o trabalho que fazem realmente é impressionante. Vi casos quase que espantosos de recuperação, principalmente de pessoas com derrame, e que, em poucos dias, mudavam a fisionomia, mudavam as suas possibilidades. Cumprimentos os Fisioterapeutas e os Terapeutas Ocupacionais, e a eles todos desejo Saúde e PAZ!

 

O Sr. Dr. Raul: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Thiago, eu não poderia deixar de me somar à iniciativa de trazer a esta Casa o reconhecimento e o respeito ao CREFITO, aos Fisioterapeutas e aos Terapeutas Ocupacionais, na pessoa do seu Vice-Presidente, aqui presente. Nós, como médico e também como paciente, que já tivemos a ocasião de ser, usando os serviços de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, queremos mencionar que a importância e a relevância dessas profissões são fantásticas. Pena que o espaço precisa ser muito desenvolvido ainda; a sociedade precisa muito mais, na realidade, do que o serviço que tem sido disponibilizado. E, de acordo com o que V. Exª acabou de falar, sobre os PSFs, precisamos levar o serviço de Fisioterapia às comunidades mais pobres também. A área da Saúde utiliza a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional praticamente em todas as especialidades, seja de um modo ou de outro, para qualificar e reabilitar as pessoas, porque o que queremos, na realidade, é uma reabilitação total, e ela passa, com certeza, pelo Fisioterapeuta e pelo Terapeuta Ocupacional.

 

O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Dr. Thiago, quero saudar a Mesa e todos os Vereadores pela brilhante iniciativa de trazer aqui o Sr. Jadir Camargo Lemos, Vice-Presidente do CREFITO.

Dr. Thiago, apesar de a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional terem sido regulamentadas há 40 anos, nós sabemos que elas já existiam há muito tempo. Naquela época, Vereador, os recursos eram pouquíssimos, e hoje ainda, em alguns lugares do Interior, a cura funciona com as mãos abençoadas por Deus, por meio da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional. Então, vejam bem, há quanto tempo existe: desde o início do mundo já existe esse tipo de tratamento. Portanto, Vereador, que bom que V. Exª, como médico, ainda defende esse tipo de trabalho. É importante que um profissional como V. Exª acredite ainda no que representou, na história do mundo, esse trabalho. Acho que foi muito importante ter sido trazido este tema aqui para podermos homenagear e reconhecer esse trabalho histórico.

 

A Srª Fernanda Melchionna: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero saudar a Mesa pela homenagem, o Dr. Jadir, e me somar à confraternização, digamos assim, pelos 40 anos da regulamentação da profissão de Terapia Ocupacional e da Fisioterapia. Quero falar da importância que tem a ampliação e o reconhecimento das profissões na área da Saúde, a importância que tem a atuação no CREFITO, na batalha pelos NASF, na batalha pela multidisciplinariedade das equipes de Saúde da Família, e são batalhas que contribuem para a Saúde pública e que todo esse avanço que nós temos, quando se regulamenta uma profissão, quando se conquista um espaço, não podendo sofrer retrocessos.

Então, neste momento, é fundamental que a gente defenda o espaço, a exemplo do que o Ver. Dr. Thiago faz aqui, parabenizando e respeitando os espaços de cada atuação, de cada profissional da área da Saúde, tendo essa visão sistêmica, que a atuação é em conjunto e que cada profissional desse sistema de Saúde é fundamental para desenvolver uma Saúde pública melhor para os brasileiros, gaúchos e porto-alegrenses. Parabéns pela sua homenagem, parabéns ao CREFITO/RS.

 

O Sr. Toni Proença: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Dr. Thiago, querido, eu queria te cumprimentar pela iniciativa, neste período de Comunicações, em que nós saudamos os 40 anos de regulamentação da profissão, justamente porque eu acho que é nesse tipo de especialidade que deve avançar, e muito, o Sistema Único de Saúde do Brasil, que é um dos melhores do mundo, o mais universal, e que ainda precisa dessas matérias interdisciplinares para avançar no Sistema Único de Saúde. Quero cumprimentar o Jadir pela presença, e saudar a sua iniciativa. Parabéns.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Finalizando, Presidente, eu queria dizer, Presidente Jadir, que somos solidários à participação do Terapeuta Ocupacional nas equipes de Saúde Mental, nos CAPs, mas principalmente nas equipes de Saúde da Família, através dos NASFs, e isso precisa ser implementado em Porto Alegre. O Terapeuta Ocupacional busca recuperar a função humana na sua totalidade e principalmente evitar a exclusão social, incluindo as pessoas na sociedade, de forma ampla.

 

O Sr. Airto Ferronato: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Também queremos nos associar à homenagem e referir que quem de nós, nesta nossa existência, não passou pela necessidade da Fisioterapia! E todos nós que um dia tivemos essa necessidade sentimos a importância da profissão no contexto da saúde pessoal, da saúde humana e de toda a humanidade. Então, nós queremos trazer aqui um abraço aos Fisioterapeutas, especialmente cumprimentando pelos 40 anos da regulamentação da atividade, um abraço a V. Exª, parabenizando-o por ter trazido a lembrança desse tema tão importante a ser discutido aqui na Câmara Municipal. Obrigado.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Um abraço e contem conosco nessa luta.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado, Ver. Dr. Thiago, que foi acionado pelo Presidente da Casa, Ver. Sebastião Melo, para que falasse em nome de todos os Vereadores nesta homenagem, que foi de iniciativa da Mesa Diretora, aos 40 anos da regularização dessas profissões. Antes, eu conversava com o Jadir Camargo Lemos, Vice-Presidente do CREFITO5/RS, sobre a importância desta discussão, porque temos, novamente, a discussão no Congresso Nacional, do Ato médico. E como estamos numa Casa democrática, todas essas questões de igualdade, de debate, de discussão, e seus devidos encaminhamentos, são colocadas aqui.

O nosso convidado, o Sr. Jadir Camargo Lemos, está com a palavra.

 

(O Ver. Sebastião Melo assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. JADIR CAMARGO LEMOS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, boa-tarde a todos os presentes, colegas Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais.

O ano de 2009 é muito importante para os Fisioterapeutas e os Terapeutas Ocupacionais, pois comemoramos 40 anos da regulamentação das nossas profissões. A data marca, também, a consolidação da importância da nossa atuação na promoção da qualidade de vida e na integralidade da saúde.

A história da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional no Brasil começou, no entanto, há muito mais tempo, quando da chegada da família real portuguesa ao nosso País no século IXX. Com os monarcas vieram os nobres e o que havia de recursos humanos de várias áreas para servir à elite portuguesa. Nesse cenário, surgiram os primeiros recursos fisioterápicos, então parte da terapêutica médica praticada. São dessa época os registros da criação do Serviço de Eletricidade Médica e do Serviço de Hidroterapia no Rio de Janeiro existentes até os dias de hoje.

Com relação ao desenvolvimento histórico da Terapia Ocupacional no Brasil, foi fundado o Hospício de Pedro II em 1852. Lá, foram criadas oficinas de sapateiros, alfaiate e florista, entre outras. Em 1946, no Centro Psiquiátrico D. Pedro II, no Rio de Janeiro, a Drª Nise da Silveira criou a Seção de Terapia Ocupacional.

Em um momento decisivo para todo o mundo, a 2ª Guerra Mundial, a Fisioterapia ganhou mais espaço, pois era usada como prática recuperadora das sequelas físicas da guerra. São Paulo e Rio de Janeiro modernizavam os serviços de Fisioterapia e o serviço se expandia para outras capitais do Brasil.

A modernização dos serviços levou ao aumento da oferta e da procura. Os médicos de reabilitação passaram a se preocupar com a resolutividade dos tratamentos e empenharam-se para que o ensino da Fisioterapia passasse a ser difundido entre os paramédicos, que eram os praticantes da arte indicada pelos médicos da época.

Foi nesse cenário que surgiu, em 1951, na Universidade de São Paulo, o primeiro curso no Brasil para a formação de técnicos em Fisioterapia. O curso tinha a duração de um ano. Em 1952, o ensino da Fisioterapia é implantado na Faculdade de Ciências Médicas do Rio de Janeiro. Em 1956, foram fundadas duas escolas de Terapia Ocupacional no País, com o apoio de profissionais norte-americanos e ingleses, no Instituto de Reabilitação da Faculdade de Medicina da USP e na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação, no Rio de Janeiro, com currículos voltados para a reabilitação funcional.

Com a formação de novos profissionais sendo concretizada, foi criada, em 1954, a Associação Beneficente de Reabilitação - ABBR - que, dois anos depois, ministra o curso de técnico em reabilitação. Como consequência, em 1959, surgiu a Associação dos Fisioterapistas do Estado de São Paulo, hoje denominada Associação Brasileira de Fisioterapia - ABF -, e, em 1963, a Associação dos Terapeutas Ocupacionais do Brasil - Abrato. As profissões de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional foram regulamentadas pelo Decreto-Lei nº 938, em 13 de outubro de 1969, e, hoje, agregam mais de 140 mil profissionais registrados em todo o Brasil.

Com a regulamentação das profissões, era preciso criar um Conselho Federal. Assim, com a promulgação da Lei nº 6.316, em 17 de dezembro de 1975, foi criado o Conselho Federal e Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - Coffito/CREFITOS. Em 1977, foram instalados os Conselhos Regionais: CREFITO-1, que abrangia as regiões Norte e Nordeste; o CREFITO-2, as Regiões Sudeste e Centro-Oeste; e o CREFITO-3, São Paulo e Região Sul. Em 1985, com o crescimento das profissões, os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina passaram a fazer parte de um novo Conselho, o CREFITO5/RS. Em 2004, o CREFITO5/RS passou a ser constituído por um só Estado: o Rio Grande do Sul.

O esforço daqueles que começaram essa história, conquistando espaço nas equipes de saúde e no mercado de trabalho fizeram com que, hoje, nossas profissões sejam imprescindíveis em todos os níveis de atenção à saúde. As intervenções de Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais contribuem para a não progressão de enfermidades, para a redução da mortalidade, a diminuição do tempo de internação hospitalar e aceleração da recuperação, facilitando, assim, a readaptação do indivíduo a uma vida ativa e a sua reintegração social.

Um dos grandes fundamentos da atuação fisioterapêutica é a preocupação com a reintegração do indivíduo à sociedade. Assim, através dos recursos que lhe são pertinentes, a Fisioterapia busca a inclusão social daqueles sob seus cuidados. Inclusão social essa que não se refere somente aos aspectos econômicos que geram a desigualdade, mas também às dificuldades funcionais do corpo humano que impedem ou dificultam a convivência igualitária nos espaços sociais. Com o intuito da reintegração social, a Fisioterapia age na promoção de saúde, na prevenção e/ou cura das deficiências funcionais, bem como na busca de alternativas, adaptando o indivíduo ao exercício da função. Dessa forma, é possível trabalhar, ter acesso a lazer e à boa convivência em sociedade.

Apesar de a Fisioterapia brasileira contar com um quantitativo razoável, as classes populares têm dificuldade de acesso aos serviços desses profissionais. A quantidade de Fisioterapeutas e de Terapeutas Ocupacionais na rede pública está longe de atender às demandas, criando assim o fenômeno da dupla exclusão, que adiciona à exclusão primária, proveniente da disfunção, uma exclusão secundária decorrente da falta de acesso aos profissionais que poderiam facilitar a sua reintegração à sociedade.

O Terapeuta Ocupacional é o profissional da qualidade de vida por excelência, uma vez que traduz em expressão a força da vida que alimenta o desejo de viver e dá sentido às atividades do cotidiano alteradas pelo processo de adoecimento. A saúde é silenciosa e somente nos preocupamos com ela quando a perdemos. Com o objetivo de favorecer um cotidiano mais saudável, a terapia ocupacional atua nos cuidados das atividades de vida diária, onde as incapacidades funcionais são mais facilmente percebidas enquanto principais motivos de afastamento do trabalho ou dificuldades familiares.

No Rio Grande do Sul, somos hoje dez mil Fisioterapeutas e 500 Terapeutas Ocupacionais. Contamos com mais de 1.200 consultórios, 1.100 empresas, 212 entidades filantrópicas e 188 órgãos públicos. Somamos 29 escolas de Ensino Superior de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional, que surgiram na Universidade Federal de Santa Maria que teve o primeiro curso de Fisioterapia do Estado, e no Centro Universitário Metodista de Porto Alegre - IPA -, que teve o primeiro curso de Terapia Ocupacional.

Esta comemoração também é um momento político para mostrar o quão grandiosos são os Fisioterapeutas e os Terapeutas Ocupacionais. Foram 40 anos de muitas lutas e também de muitas conquistas, mas, sem dúvida, ainda temos muitos caminhos a trilhar. E nosso principal objetivo é fortalecer a inserção desses profissionais no Sistema Único de Saúde, garantindo o direito de cada cidadão brasileiro de ter acesso a um tratamento digno.

Agradecemos, em nome do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, a oportunidade de homenagearmos mais de dez mil profissionais entre Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais de todo o Estado do Rio Grande do Sul, pelos seus 40 anos de história e de regulamentação de suas profissões. Nossos cumprimentos a cada profissional que são essenciais na promoção da saúde de todo cidadão. Parabéns pela dedicação, empenho, ética e árduo trabalho na valorização e recuperação da vida dos cidadãos gaúchos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Agradecemos, mais uma vez, ao Vice-Presidente do CREFITO5/RS, Sr. Jadir Camargo Lemos, pela presença. Quero dizer que a Mesa acolheu, de forma coletiva, este reconhecimento. Delegamos ao competente Vereador médico, Dr. Thiago, que nos representasse na tribuna, o que fez com brilhantismo. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h54min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo – às 14h57min): Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão.

Srs. Vereadores, quero ratificar os nossos acordos de Mesa e Lideranças, para que o nosso público entenda a lógica do Plenário. Entre vários Projetos que esta Casa está discutindo, votando, de extrema importância para a nossa Capital o Plano Diretor está num plano elevado, ou seja, nós temos um compromisso de votar o Plano Diretor dentro deste ano, especialmente na segunda quinzena de outubro. Estamos fazendo um esforço concentrado para isso. Então, nesse sentido, nós vamos encerrar esta Sessão para que o Presidente, João Antonio Dib, possa, em seguida, convocar o Plano Diretor.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, eu queria fazer uma Comunicação de Liderança, ainda que tenha havido uma combinação.

Sr. Presidente, Sras e Srs. Vereadores, eu quero dizer da minha inconformidade com o que está acontecendo com a votação aqui na Câmara. Na segunda-feira à tarde, nós deveríamos continuar discutindo o Plano Diretor. Eu sugeri ao Diretor Legislativo que nós iniciássemos a discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que estava marcada para ser votada ontem. Achei que nós não conseguiríamos só ontem. Ontem, nós não votamos, portanto não há mais o que fazer; a Lei Orgânica diz que no dia 10 nós temos que entregar ao Prefeito a Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada ou rejeitada. Não há mais Lei de Diretrizes Orçamentárias. O Prefeito vai ter que usar, na forma da Lei, a do ano anterior, mas a do ano anterior tinha 21 programas; neste ano, tem 12 programas.

Hoje pela manhã, também na votação do Plano Diretor, eu tive várias dificuldades enfrentadas. Na terça-feira, eu pedi que fizessem uma reunião entre os Vereadores para buscar um entendimento para acelerar as votações. Nós temos 200 Emendas destacadas e quase não conseguimos votar. Eu disse, hoje pela manhã, Sr. Presidente, que a Cidade espera ver o Plano Diretor aprovado por esta Casa e neste ano. Marquei reuniões dias 9, 15, 16, 19, 22 e 23, das 9h30min até as 12 horas, e no dia 23 eu encerro as atividades da Comissão que analisa o Plano Diretor, porque não é possível votar da forma que está sendo votado; assim como não votamos a LDO, nós não vamos votar o Plano Diretor da forma que está sendo feito o encaminhamento da votação. Portanto, eu precisava fazer este registro, porque a Cidade precisa tomar conhecimento do que está acontecendo. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. MARIA CELESTE (Questão de Ordem): Sr. Presidente, também para registro, eu queria colaborar com a sistemática que o Ver. João Antonio Dib quer implementar na Comissão do Plano Diretor, e, pelo ritmo de trabalho que nós estamos colocando, que nós mesmos nos impusemos, nós estamos indo bem, estamos discutindo na Comissão, estamos aprofundando. Se o Ver. João Antonio Dib está colocando um prazo, que eu acho extremamente exíguo, para que a gente analise as 227 Emendas que faltam, eu gostaria de propor que nós pudéssemos então avançar e abrir o turno da noite para que possamos avaliar as Emendas também; que não só fizéssemos reuniões pela manhã e à tarde, do Plano Diretor, mas também à noite, até o dia 23 então, para darmos conta dessa demanda, porque se nos impusermos essa data, não teremos como dar conta das 227 Emendas. Essa é a nossa proposta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Eu quero dizer à Verª Maria Celeste e aos demais Vereadores que não só as datas que eu havia marcado - porque essas são as que nós teríamos normalmente, todas as datas, para mim, estão à disposição, e eu também estou à disposição. E eu acho que os demais Vereadores também dizem a mesma coisa. Então, eu acho que nós conseguiremos votar, sim, até o dia 23.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Dib, acho que a melhor maneira de contribuirmos é encerrarmos esta Sessão para que V. Exª assuma, de imediato, e possa dar prosseguimento. Eu aceito todas as propostas colocadas e quero ser o primeiro da fila. E quanto à preocupação que V. Exª levanta, eu havia consultado o Diretor Legislativo, e quero consultar, aqui, coletivamente, se os meus colegas Vereadores concordam, eu vou convocar uma Sessão Extraordinária para quarta-feira, às 9 horas da manhã. Em vez de fazer reunião da Mesa com Lideranças, nós viremos ao Plenário para enfrentar a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Sr. Presidente, a Lei Orgânica diz que no dia 10 de outubro deve estar nas mãos do Prefeito a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Nós não temos condições, mesmo votando na quarta-feira, pois terá que ser aprovada a Redação Final lá na Comissão de Finanças. Não há como fazer.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. João Dib, eu acho que é o no dia 15. Vou até fazer uma consulta, mas, de qualquer forma, nós temos o feriado na segunda-feira. Nosso prazo é no dia 15. Então, estamos todos preparados aqui na Casa para fazemos esse mutirão; fique tranquilo. Está convocada a Sessão Extraordinária.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Quero comunicar à Casa que até bem pouco tempo eu já havia conversado com o pessoal da Comissão de Finanças, com o Secretário da Comissão para fazer uma consulta à nossa Procuradoria da Casa exatamente para buscar essa informação a respeito do prazo, que me parece que é dia 15.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu quero ler a Lei Orgânica, art. 121, § 7 - “Os Projetos de Lei de que trata o parágrafo anterior deverão ser encaminhados para sanção nos seguintes prazos: Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias até o dia 10 de outubro de cada ano”.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): V. Exª tem razão. Dia 15 é o Orçamento, e a Lei de Diretrizes Orçamentárias é dia 10.

Frente à manifestação reiterada do Ver. João Dib, eu convoco os Srs. Vereadores para que possamos, de forma coletiva, tomar uma decisão. (Pausa.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, dentro de um minuto, convoco uma Sessão Extraordinária, de acordo com o desejo esmagador das Bancadas de que devemos enfrentar, hoje, a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Nós faremos, então, o prosseguimento da votação, dizendo que nós tínhamos um acordo para votar o Plano Diretor hoje à tarde, mas houve mudança nas Bancadas, o que eu respeito. Porém, é importante salientar que o acordo produzido era para discutir o Plano Diretor.

Agradeço a atenção de todos. Visivelmente, não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 15h17min.)

 

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